A vespa velutina é uma espécie predadora da abelha europeia, que se distingue desta por apresentar um abdómen mais escuro e patas amareladas. É-lhe também atribuída a designação de vespa asiática por ser originária de regiões tropicais e subtropicais da Ásia.

Na primavera, estas vespas constroem ninhos de grandes dimensões, preferencialmente em pontos altos e isolados.

A deteção ou suspeita de existência de ninhos ou de indivíduos da espécie deve ser comunicada às autoridades competentes, que serão mobilizadas no sentido de proceder à identificação das alegadas vespas e destruição dos eventuais ninhos, usando equipamento de proteção adequado. A eliminação dos ninhos por pessoas não habilitadas para o efeito pode contribuir para a dispersão e disseminação dessas vespas que, ficando desorientadas, adotarão comportamentos violentos, na medida em que podem atacar os indivíduos com os quais se cruzem. Perante uma ameaça ou perceção de uma vibração até 5 metros, produz-se uma resposta de grupo, que pode perseguir a fonte da ameaça durante cerca de 500 metros. Além disso, o grande tamanho que podem atingir os ninhos e, em algumas ocasiões, a sua localização em zonas urbanas ou periurbanas, podem resultar num maior risco para os cidadãos. Tratando-se de uma espécie predadora das abelhas e outros insetos, pode causar impactos significativos na biodiversidade, nomeadamente, uma menor polinização de espécies vegetais.

A turma H do 9.º ano da escola sede, numa atitude cívica responsável, desenvolveu uma atividade, nas aulas de Cidadania e Desenvolvimento, com o objetivo de aprisionar vespas asiáticas que se aproximem do perímetro da escola, bloqueando a sua ação nefasta para todos. Interpelados pela professora da disciplina, esta alertada pelo professor Norberto, Delegado de Segurança da escola, aceitaram o desafio de instalar armadilhas para capturar as non gratas vespas asiáticas. Assim, no dia 02 de maio, a aula de Cidadania decorreu no exterior, tendo começado com uma breve explicação, dada pelo professor Norberto, sobre este tipo de vespas e os perigos inerentes à sua presença. Seguiu-se a instrução acerca da construção de armadilhas a instalar pela escola, passando-se, de seguida, à operacionalização dos engenhos de captura. Os alunos foram incentivados a replicar e divulgar o que aprenderam junto da comunidade e das famílias.

Cerca de um mês depois, numa outra aula de Cidadania, os alunos foram verificar a eficácia do processo e, assim, o sucesso da atividade.